Os planos da nova empresa que saiu da Embraer são ousados. O passageiro contrataria o voo por aplicativo. No longo prazo, a passagem custaria até seis vezes menos do que voar de helicóptero, aproximando-se do valor de uma corrida de táxi.
Os planos da nova empresa que saiu da Embraer são ousados. A previsão é começar a operar em 2026, no Rio de Janeiro. A primeira rota vai ser entre a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e o Aeroporto Antônio Carlos Jobim. O passageiro contrataria o voo por aplicativo. Ninguém seria o proprietário de um eVTOL.
“É muito mais mobilidade como um serviço. Não é você ter o seu carro voador, a sua aeronave. Mas você ter acesso a essa mobilidade. Não vai resolver o problema do trânsito, não é essa ideia. A ideia é trazer mais uma opção, quando você tem que estar em casa mais cedo, porque é aniversário do seu filho. Pegar um voo”, explica André Stein, presidente da EVE.
A empresa calcula que no longo prazo, a passagem vá custar até seis vezes menos do que voar de helicóptero, aproximando-se do valor de uma corrida de táxi.
Em 2021, foi feito um teste com helicópteros no lugar de eVTOLs. E passagens a partir de R$ 99.
André Stein, presidente da EVE: A operação era para entender o problema e ter certeza de que a gente está desenvolvendo a solução correta pro produto. Voamos mais de 600 passageiros.
Fantástico: E o problema do barulho?
André Stein: O ruído é um outro benefício desse tipo de veículo. Você está reduzindo a pegada de um helicóptero equivalente em até 90%. É muito diferente. Por que isso? Porque não é um helicóptero elétrico. É um avião que tem uma propulsão distribuída. Então você tem os oito rotores para decolar, mas assim que você decola, você desliga esses oito rotores e você voa para frente com dois outros rotores, empurrando o avião pra frente de um jeito muito quieto. Basicamente, você não ouve do chão.